Então a árvore por maior que seja, vista de certo ponto dissimula-se no verdor revelando que ninguém é maior que o próximo e que independente da doutrina seguida, somente Deus é Soberano.
Aqueles que podem se refugiam no conforto, se isolam e conhecem de perto a monotonia.
Constroem seus castelos materiais sórdidos, mas sempre algo está faltando e o abstrato bate a porta. Olham as paisagens e tentam entender o ermo em que estão. Olham o simples pôr do sol e lembram dos desfavorecidos, notam que embora tenham tudo na mão, no íntimo jamais seriam felizes com tantas injustiças sob o mesmo céu.
Nas cores das flores reconhecem o quão estão alucinados, esqueceram de tudo e agora após muito tempo sentem que Alguém espera algo deles. Ainda não sabem o que, mas as flores parecem sorrir dizendo que tudo fora criado para todos desfrutarem.
Acabam descobrindo que o ermo é fruto de suas próprias ignorâncias, que muitos também foram privilegiados com o mesmo sol, mas não sentiram seu calor, ou por esquecerem do abstrato, ou por falta de oportunidade. Então os imponentes sentem os efeitos alucinantes das flores os transformarem.
Erguem as mãos para o alto e agradecem. Estendem a mão para o próximo e sentem a felicidade tão sonhada formando um imenso jardim em suas vidas.
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